Me chamo Carlisa Silver, nasci em Patos de Minas, MG. Sempre fui muito curiosa, quando criança sonhava em ser cientista e cresci em meio as artes marciais (meu pai era Sensei de Karatê). Assim, desde cedo aprendi a importância da disciplina e do bom esforço.
Aos 12 anos, junto com minhas alterações hormonais, apresentei meu primeiro quadro depressivo e comecei a me interessar pela mente humana e a querer entender o que se passava na minha cabeça.
Cresci e entrei na faculdade de Ciências Biológicas da UFU, mas logo no primeiro semestre vi que queria mesmo era saber mais do ser humano. Abandonei a faculdade e entrei em um cursinho pré-vestibular para medicina.
Depois de um ano de estudo, entrei na Faculdade de Medicina de Petrópolis onde me formei médica. Lá me apaixonei por tudo que era da medicina e no final do curso não fazia ideia do que fazer pois era apaixonada por todas as matérias.
Mas também tive grandes altos e baixos no meu quadro psiquiátrico. Em um destes baixos, no último ano da faculdade, fui muito bem cuidada por um professor que era um excelente neurocientista. Com ele vi o quanto a mente humana era complexa mas também encantadora, e como o cérebro era o grande comandante do corpo todo.
Naquele momento percebi que ser psiquiatra significaria cuidar não só da cabeça mas da pessoa por inteiro e com isso resolvi me tornar psiquiatra.
Fiz residência médica em Psiquiatria no Hospital Municipal Odilon Behrens e depois um Fellowship no Centro de Referência Psiquiátrica da OMS - Instituto Franco e Franca Basaglia, na Itália.
Voltei ao Brasil e continuei meus estudos fazendo mestrado em neurociências na UFMG e até hoje participo do grupo de pesquisas de neurociências da Professora Dra. Aline Miranda. Sou completamente apaixonada pela mente humana, pelo funcionamento do cérebro e pelos humanos que habitam essa terra comigo.